segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Acontecimentos

Bom, depois de passar muito mal semana passada, essa semana to zeradinha!
Minha Meleca resolveu ser boazinha e passar meu enjoo, so q ela compensou com uma leve azia. rs

Ainda nao tenho muita noção da gravidez. To naquela fase que vc sabe que ta gravida, mas nao sabe de fato, entende?

Os peitos estao grandinhos, super doloridos, muita fome mas pouco espaço pra comida. To mais pra gordinha fofinha do q pra gravida.

Mas o amor, da pra explicar? Como disse a Titia Sixx pra mim no twitter: é a vida, não se esqueça que o que rola é multiplicação celular, de dentro pra fora, de fora pra dentro!!!!!
É bem assim que me sinto. Um amor que cresce, que contamina, que enlouquece. Nao sei como pode existir tanto amor em mim. E isso pq to no comecinho da gravidez e ainda nem me sinto de fato gravida. E o mais incrivel é que esse amor vai crescer. Vai transbordar.

É, so posso dizer que estar gravida é estar viva e amar, amar demais.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Primeira cartinha



 Querida Melequinha, hoje foi a primeira vez que te vi. Ainda n~sao pude escutar seu coraçãozinho, mas consegui vê-lo bater pela TV do laboratório.
Você tem somente 2mm, mas o meu amor por você é 2 x 1 trilhao.

O papai nao pôde ir te ver junto comigo, mas tenho certeza que ele te ama tanto quanto eu.

A Mamãe estaa muito nervosa no exame achando que poderia existir alguma coisa que nos atrapalhasse a curtir juntinhos essa gestação. O medico bonzinho deve ter percebido e logo tratou de me dar os parabens e dizer que estou super gravida. Foi dificil não chorar viu!
Agora a mamãe so quer mesmo escutar seu coraçãozinho pra felicidade aumentar.

Não poderia deixar de falar o quanto vc tem sido uma boa melequinha! Até agora, no alto de suas 5 semanas e 4 dias, não trouxe nenhum enjoo ou desejo, somente tem feito meus seios aumentarem.
Bem espertinha você é Melequinha! Já os tem enchido pra deixa-los cheios e fartar-se quando vier a esse mundo!
Aposto que será guloso como o papai, e gostará tanto do meu leitinho que vai querer tomá-lo por alguns anos.

Sei que vc meu doce amor, ja sente essas palavras que lhe escrevo, mas quero deixá-las registradas pra quando tiveres idade suficiente, possa lê-las e saber como estamos felizes com a honra de ser seus pais.

Te amamos, sem medidas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O resultado




Depois de uma longa espera, que quase me enlouqueceu saiu o resultado.

Estavamos tentando engravidar fazia 10 meses, pra muitos parece pouco, mas pra quem tenta, é uma eternidade! Em setembro, eu resolvi que ia esquecer essa historia e so namorar mesmo quando estivese afim, em contar dia e hr pra isso. Em outubro, eu me esqueci completamente de saber o periodo fertil e estava ansiosa pela viagem pra casa da minha mãe, afinal ficaria 11 dias longe do Andre e da Mix.

Fui viajar e no meio da viagem a menstruação atrasou. Blz, achei que so estava desregulada.

Voltei pra sao paulo e com 10 dias de atraso eu resolvi fazer um exame de farmacia. Negativo quase surtei de odio. O dias pasaram e meus seios estavam doloridissimos! pensei: Deve ser TPM. Resolvi fazer rafting. Coloquei o top pra nao me preocupar em molhar no percurso e o top estava meio apertado. Estranhei, falei: poxa, engordei de novo?!

Pasados mai 3 dias, comentei com uma amiga muito querida e comadre, Mariana, o que estava acontecendo. Na hr ela botou pilha pra eu fazer outro teste de farmacia. Eu relutei, mas acabei rendendo a curiosidade. Poxa, ja tinha 23 dias de atraso e eu nao sabia e aquilo era sinal de TPM ou outra coisa.
Fiz o bendito teste e qual é minha surpresa quando fui olhar o resultado: duas listrinhas!! Só que uma estava tao fraca, que duvidei do resultado. Falei pro marido e resolvemos fazer um Beta HCG no outro dia cedinho.

Fizemos o exame e a espera de quase o dia todo pelo resultado me deixou louca. As 3 da tarde saiu o reultado na internet. 298,3.
Meu deus, fiquei loucaaaa! Chorei demais, tremi demais, quase nao acreditei. O andre ficava perguntando: isso é positivo? Isso é bom?

Rá! Era otimo! Maravilhoso!

Fiquei super feliz, nao sosseguei enquanto nao contei pra todo mundo.

Bom, ai veio a duvida. Pq um resultado tao baixo com 24 dias de atraso?

Teria 2 motivos.
1º Involução da gestação
2º Ovulação tardia.

Liguei correndo pro GO pra marcar a primeira consulta e fazer logo um ultrasson pra ver se estava tudo bem. Como sou contra uma enxurrada de ultras, eu fiquei com medo de faezr com pouco tempo, nao poder escutar o coração e dali 2, 3 semanas ter q repetir.
Pensei nisso o final de semana e o inicio dessa semana só pensando nisso. Pra me acalmar, resolvi fazer outro beta. Assim saberia mais ou menos a quantas andava a evolução da gestação.

Peguei o resultado ontem as 16 hrs e deu 3.380
Fiquei radiante! Pude dormir tranquila pela primeira vez desde o primeiro resultado. A garavidez ta evoluindo, nao tem jeito, to gravidissima!

Ainda nao sei de quanto tempo estou, por conta de nao ter um ciclo regulado e por ter tido um resultado baixo no primeiro Beta.

Agora o que tenho que fazer e me tranquilizar, ir amanha na consulta de pré natal, esperar o tempo certo pra fazer a ultra e curtir muito essa vida que estou gerando.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pra que serve o pediatra





Copiado integralmente uma msg da lista PartoNosso que acompanho.

'Tem um pediatra "famoso", o Dr Williams Sears, pai de 8 filhos e autor de uma montanha de livros, que afirma categoricamente que há pelo menos 3 perguntas que jamais devem ser feitas a um pediatra:





- Aonde deve dormir o meu filho?
- Quanto tempo deve mamar?
- Se devo deixá-lo chorar.



Pediatras tratam da "saúde" (no ocidente a maioria trata da falta dela) de nossos filhos.
Da educaçao, dos cuidados, e da saúde sem aspas tratamos nós.


Qualquer palpite que a gente peça para eles sobre esses (e muitos outros) assuntos, nao vai passar disso, de palpite.




Abraços,
Isabella'

É ou não a mais pura verdade?

imagem: http://img.mensencia.com/2009/02/pediatra.jpg

terça-feira, 27 de julho de 2010

Manifesto pelas Maes!

Manifesto pelas Maes!!!


Mãe que dá o melhor de si e convive com a crônica sensação de que nada é o suficiente.


Mãe de carne, osso e vísceras que, ao se perceber humana, sente-se cada vez mais distante do ideal de devoção da Santa Mãezinha. E por isso se culpa.

Mãe que comprou o sabonete com óleos essenciais, o iogurte com fibras, o desinfetante com cloro ativo, a fralda com bloquigel e mesmo assim seu filho não dormiu a noite inteira, seu marido se queixa e sua casa não é o templo limpo, perfumado e livre de insetos que aparece na TV.

Mãe mulher, dona de casa, profissional e amante, que segue passo a passo as dicas das revistas femininas para conciliar seus inúmeros papéis e virar “super”, mas ainda não encontrou sua capa.

Mãe cuja única preparação para a mais dramática mudança da sua vida foi o cursinho da maternidade e, se privilegiada, a decoração do quartinho e a compra do enxoval.

Mãe que vive em uma sociedade que a glorifica, ao mesmo tempo em que a obriga a terceirizar a criação dos seus filhos. Seja por necessidade, independência ou reconhecimento. Como se, em qualquer um desses casos, essa não fosse uma decisão extremamente difícil.

Mãe que se divide diariamente entre a administração do lar e da profissão, encarando múltiplas jornadas que a levam constantemente à exaustão física e emocional.

Mãe que se dedica de corpo e alma ao significativo projeto de criar uma criança, enfrentando um nível de cobrança superior ao de qualquer chefe ranzinza e cliente exigente. 365 dias por ano, 24 horas por dia. E mesmo assim é percebida como alguém que não faz nada. Até por si mesma.

Mãe pobre que, quando opta pelos filhos, é acomodada. Quando rica, é madame. E, quando profissional, é ausente.



MANIFESTAMOS PELA MATERNIDADE


E, portanto, pela liberdade de sentir. De seguir os instintos. De viver em plenitude emoções e sentimentos totalmente femininos. Pois negá-los, seria abrir mão daquilo que faz da mulher, um ser único.

Manifestamos pelo direito de cada mulher escolher o papel que melhor lhe cabe no momento. Sem se sentir pressionada, desmerecida ou julgada pelo que decidiu não ser.

Manifestamos por parir de forma saudável, humana e tranquila e que essa seja uma decisão consciente da mãe. Amparada por uma equipe de profissionais da saúde que a respeitam, orientam, acompanham e zelam pelo bem estar dela e do bebê.

Manifestamos pelo direito de amamentar a cria, sem ser pressionada por profissionais da saúde mal formados ou parentes bem intencionados, a substituir por mamadeira, o alimento que só o seu peito pode dar.

Manifestamos pela aceitação da metamorfose e da mudança de valores que a chegada de uma criança proporciona na vida de qualquer adulto. E pela valorização desta transformação na sociedade, como contraponto para a cultura do egoísmo e da juventude eterna.



MANIFESTAMOS PELO ATIVISMO ANÔNIMO E INCANSÁVEL DAS MÃES


Nas trincheiras domésticas de uma sociedade cada vez mais dominada pelas leis cruéis do mercado.

E apoiamos as mães que questionam. Que boicotam.

Que compram e deixam de comprar. Que sabem o que servem à mesa e o que jogam no lixo.

Que desligam a TV, controlam o videogame e a quantidade de açúcar.

Mães que tentam proteger a infância e não desistem diante do bombardeio de mensagens que estimulam a
erotização e o consumo precoces.

Mães que empreendem, que inventam, que abrem mão, que buscam alternativas, que assumem o vazio e a sobrecarga. E promovem viradas.

Mães que brigam por uma escola melhor, mais humana e significativa; pública ou privada.

Que pensam globalmente e agem localmente, casa a casa, família a família.

E que administram seus lares, como se ali começasse a mudança que desejam para o planeta.



MANIFESTAMOS PELA TOMADA DE CONSCIÊNCIA FAMILIAR


Pela valorização do papel da mãe no seio da família e pelo fim das hipócritas tentativas de minimizar a diferença que a presença dela faz.

Pelo reconhecimento da vital importância da maternidade para a humanidade, e por ações sociais e políticas que valorizem e estimulem a atuação da mãe.

Por uma rede de relacionamentos que coloque novamente mulheres de diferentes gerações em contato, reconstruindo referências que foram deturpadas e estereotipadas pela mídia e pela sociedade.

Por mães unidas para estudar, compartilhar experiências e desenvolver novos pontos de vista para este tema milenar, universal e ainda tão incompreendido.

Por uma nova formação familiar, focada no bem estar integral dos seres humanos e não somente no bem estar material.

Por pais que valorizam a tomada de consciência materna, dando sua participação necessária para que ela floresça. Mesmo sem entendê-la completamente.

Por mães que partilhem com seus parceiros as responsabilidades, agruras e alegrias de se cuidar dos filhos, sendo entendido que eles pertecem aos dois, igualmente.

Manifestamos pela ausência de fórmulas, de guias práticos e de respostas prontas, pois cada mulher é livre para buscar seu caminho e desenvolver sua história. No seu tempo, no seu ritmo e na sua individualidade.

Manifestamos pela conciliação de uma maternidade moderna com uma maternidade mais plena.

Manifestamos por você e por nós. Pela Terra e por todos os filhos que dela vieram e ainda virão.”


Manifestamos pelas mães!

domingo, 11 de abril de 2010

Vontade, muita vontade. Mas nao de falar o que quero, sabendo que alguns vao saber o que é.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Saudade


To aqui escutando Tim Maia e lembrei de vc. senti uma saudade estranha. tao igual, mas tao diferente das outras saudades. saudade de tudo que vc me ensinou. a olhar as horas num rologio analogico com menos de 5 anos. A ler e escrever, a fazer as contas de matemática. Dos livros que vc me incentivou a ler. Sinto saudade do 1 real que vc me dava depois de eu tanto pedir pra levar pra escola, e que and veio a nota de 2 reais vc falou: "agora vc so vai me pedir 2 reais pra levar pra comprar seu lanche, to ferrado!" De quando a gente ia no mercado e vc me fazia prometer que nao ia te pedir balinha, mas eu sempre pedia e vc comprava. De como me segurava pelo pescoço pra atravessar a rua e eu ficava gritando por isso. Deu saudade das brigas, das besteiras que a gente falava. Do seu cherinho ruim quando voltava da pesca com dias sem tomar um banho. Dos peixes que vc trazia mostrando que era o melhor pescador do mundo! Saudade de vc corrigir sempre que eu falava alguma coisa errada. De todos os dias que vc ia comigo cedinho me esperar pegar o onibus pro trabalho, depois de te acordar, mesmo vc afirmando que ja estava acordado (eu fingia que acreditava que vc ainda era durao e nao dormia ate mais tarde se nao te chamasse). Saudade tb de quando a mae me falava que vc sempre a mandava tarde da noite me esperar voltar da jornada de trabalho e escola (a noite vc morria de preguiça, mas mesmo assim nao queria que eu andasse meio quarteirao sozinha, rs). So nao sinto saudade dos longos 2 anos que ficamos sem nos falar, que eu te ignorava e vc tentava sempre puxar conversa, coisas de adolescente, que nao tenho orgulho algum. Mas sinto muita saudade tb quando voltou da viagem e que vendia livros nas escolas, contanto que tinha parado de beber e tinha um livro de presente pra mim. Foi assim que voltamos a conversar, lembra? Aí vc teve problema de coração pela primeira vez e tomamos um baita susto! foi um ano maravilhoso né. Aproveitamos, ficamos amigos. Eu chegava a noite da rua e ia pro seu quarto conversar um pouquinho. Assistia as corridas no domingo de manha no seu quarto. Ate que chegou a copa do mundo de 2006. Lembro que assitimos Mexico e Irã no dia 11/06/06 e vc nao tava nada bem. No dia seguinte foi pro hospital e a casa ficou vazia sem vc. A briga era pra ver quem ia te acompanhar, todo mundo queria ficar um pouquinho com vc. Teno muita saudade do ultimo dia que te vi. 18/06/06, que eu perguntei: "pai, eu te amo, vc me ama?" e vc, que nao conseguia mais falar balançou devagarinho a cabeça confirmando que me amava, e eu te dei o ultimo beijo, um selinho.
Eu lembro que eu fui forte na madrugada seguinte, quando o telefone tocou as 3 da manha dizendo que vc provavelmente nao ficaria mais com a gente. Que tinha me chamado um pouco antes disso. Eu segurei as pontas, pq era o que vc teria feito no meu lugar.  Eu segurei as pontas até hj, 3 anos depois. E agora eu nao aguento mais segurar pai. Choro compulsivamente desde que comecei q escrever sobre vc e isso ja faz 1 hr.
Queria poder dizer tudo isso pessoalmente pra vc, mas ainda nao é hr. A hr das nossas almas se reencontrarem nao chegou. Preciso viver, construir minha familia baseada no que eu vivi com vc. E queria muito que vc pudesse conhecer meu Andre. Um homem bom, ajuizado, inteligente, meio bobo (como vc diria assim que o conhecesse), mas que acima de tudo me ama, respeita e cuida de mim. Queria tb que vc pudesse ver seus netos que ainda vao nascer. Eles adorariam pescar com o vô. Ficar juntinhos dias sem tomar banho, loucos quando o vô perguntasse se iriam querer pipoca, e eles iam ficar quietinhos quando a pipoca estivesse super salgada, como vc sempre fazia. Queria vc na minha casa, deitado no meu sofá, comendo a minha comida, dizendo que é tao boa quanto a da mamita.

Queria vc aqui.

Sou quem eu sou hj, por sua causa.
Te amo, de todo meu coração.

Imagem: arquivo pessoal, meu pai Daniel, no dia das maes em 2006, 1 mes antes de fazer a transição desse, pra um lugar melhor.